Não olhe com raiva para quem aposta.
Quando vemos influenciadoras como Virgínia sendo investigadas na CPI das bets, é fácil cair na
tentação de olhar com raiva para quem aposta, para quem compartilha link de código, para quem se agarra na promessa de
ganhar dinheiro rápido.
O problema é quem lucra
com a fome, o cansaço e a esperança de um povo sem alternativas.
Não é burrice, é desespero:
● 70,9% das famílias brasileiras estão endividadas;
● З3mі de pessoas vivem em insegurança alimentar grave;
● 58% dos jovens entre 15 e 29 anos de classes C, D e E não acreditam que terão um futuro melhor do que dos seus pais.
Nesse cenário, as apostas online não surgem como jogo, mas como fuga.
Não é burrice. É desespero. E a indústria sabe disso.
Em 2023, o mercado de apostas esportivas no Brasil movimentou 120 bilhões.
Estima-se que mais de 32 milhões de brasileiros
apostem regularmente.
O Brasil já é o maior mercado de apostas da
América Latina.
As principais plataformas
operam fora do país, dificultando a tributação e fiscalização.
Influenciadores recebem de R$ 20 mil a R$ 500 mil por mês para promover
essas plataformas.
É por isso que a CPl das Bets importa.
É por isso que figuras como Virgínia precisam ser cobradas.
Porque por trás do
"entretenimento", o que há é uma estrutura
bilionária que lucra com o colapso financeiro de
milhões.
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● Fonte ●
Página no Instagram de Manuela D'ávila.