Fevereiro 01, 2025

Fenajufe envia carta aberta ao ministro Luís Roberto Barroso e ao procurador-geral da república, Paulo Gonet Destaque

A Fenajufe enviou uma Carta Aberta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, expressando preocupação com o tratamento desigual e o desrespeito às demandas dos trabalhadores que sustentam o funcionamento da Justiça no Brasil. A entidade critica a falta de respostas efetivas às reivindicações da categoria, apesar das discussões no Fórum Nacional de Carreira do PJU e MPU, o que tem gerado insatisfação.

"Apesar da tentativa de diálogo, que incluiu discussões no Fórum Nacional de Carreiras do PJU e MPU, a falta de respostas efetivas às principais reivindicações da categoria tem causado enorme insatisfação. Enquanto observamos a magistratura acumulando benefícios e verbas vultosas em sessões administrativas, os(as)servidores(as), que são o alicerce do Judiciário, enfrentam desafios crescentes, como sobrecarga de trabalho e a defasagem de direitos e benefícios essenciais".

A Fenajufe destaca também a disparidade entre os benefícios concedidos à magistratura e as dificuldades enfrentadas pelos servidores, como sobrecarga de trabalho e defasagem de direitos. A Federação lista sete demandas urgentes, incluindo melhoria salarial, redução das desigualdades internas, regulamentação do Adicional de Qualificação (AQ), permissão para acumulação de cursos de capacitação e incorporação de gratificações às aposentadorias. Além disso, solicita o reajuste dos auxílios alimentação e pré-escolar, aproximando-os dos valores praticados pelo Tribunal de Contas da União.

Senhor Ministro,

A Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União – Fenajufe, em nome dos(as) servidores(as) do Poder Judiciário da União (PJU), vem a público expressar sua profunda preocupação com o tratamento desigual e o desrespeito às demandas legítimas dos(as) trabalhadores(as) que garantem o funcionamento da Justiça no Brasil.

Apesar da tentativa de diálogo, que incluiu discussões no Fórum Nacional de Carreiras do PJU e MPU, a falta de respostas efetivas às principais reivindicações da categoria tem causado enorme insatisfação. Enquanto observamos a magistratura acumulando benefícios e verbas vultosas em sessões administrativas, os(as)servidores(as), que são o alicerce do Judiciário, enfrentam desafios crescentes, como sobrecarga de trabalho e a defasagem de direitos e benefícios essenciais.

Entre os pontos mais urgentes e inadiáveis, destacamos:

1) Melhoria nas remunerações e redução das desigualdades salariais internas: os reajustes recentes não foram suficientes para repor a inflação acumulada, resultando em perdas reais. É necessário corrigir as distorções, promovendo justiça e isonomia nas carreiras do Judiciário.

2) Pagamento do auxílio-saúde nos mesmos moldes do recebido pelos magistrados.

3) Indenização de transporte para os(as) analistas judiciários(as) – especialidade Oficial de Justiça: Garantir uma indenização justa que cubra os custos de deslocamento necessários para o cumprimento das atribuições externas.

4) Implementação do Adicional de Qualificação (AQ): Regulamentação urgente, com atualização dos percentuais e da base de cálculo sobre o maior vencimento básico das carreiras, além da permissão para acumulação de cursos de capacitação, valorizando o desenvolvimento técnico e profissional dos(as) servidores(as).

5) Respeito aos direitos adquiridos e garantias legais:

  • Defesa da VPNI de quintos e/ou décimos reconhecidos administrativamente, assegurando a segurança jurídica.
  • Pagamento integral da VPI e compatibilidade das gratificações, como a Gratificação de Atividades Externas (GAE), com interpretações favoráveis aos(as) trabalhadores(as).

6) Reconhecimento de direitos relacionados às condições de trabalho:

  • Garantia de períodos de férias não usufruídos por necessidade de serviço, mesmo após dois anos.
  • Regulamentação e ampliação do trabalho remoto como opção legítima e estruturada.
  • Registro efetivo das horas extras, respeitando a escolha entre pagamento ou inclusão no banco de horas.

7) Incorporação de gratificações às aposentadorias: Atividades desempenhadas com dedicação e risco, como as realizadas pelos(as) técnicos(as) e analistas judiciários(as) das especialidades de agente de polícia judicial e inspetor, devem refletir na composição das aposentadorias.

O Judiciário é constituído e construído não apenas pela magistratura, mas por mais de 120 mil servidores(as), cuja atuação é indispensável. Reconhecemos os esforços do Ministro e o espaço de debate aberto no Fórum Nacional, mas ressaltamos que tais ações precisam ser acompanhadas de respostas concretas e efetivas às demandas apresentadas.

Diante da ausência de avanços significativos, anunciamos a organização de um calendário de lutas, que se inicia em 07 de fevereiro, declarado como o Dia Nacional de Luta pela Valorização das Servidoras e Servidores do PJU e MPU, com a exigência de inclusão desses(as) trabalhadores(as) no orçamento de forma digna e justa.

Reiteramos nosso compromisso com o diálogo, mas destacamos que, caso as reivindicações não sejam atendidas, os(as) servidores(as) intensificarão a mobilização, incluindo, se necessário, a deflagração de um movimento paredista.

Respeitosamente,

Federação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União

Continue acompanhando todas as ações do Sintrajufe/CE, acessando: http://linktr.ee/sintrajufece

Servidor e servidora da SJCE, filie-se e fortaleça o seu Sindicato. Em defesa dos seus direitos, e juntos, somos mais fortes!

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Última modificação em Quinta, 30 Janeiro 2025 12:51
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