Na noite da última quarta-feira (22), o presidente
Michel Temer apresentou para base aliada, durante jantar no Alvorada, a nova versão da
reforma da Previdência. O novo texto mantém regras mais rígidas para aposentadorias de servidores públicos em comparação com os trabalhadores da iniciativa privada. O tempo de contribuição mínimo dos foi mantido em 25 anos, já para o setor privado ficou em 15.
A diferença de tratamento, segundo o discurso do governo, visa exigir maior sacrifício "de uma categoria que tem salários mais elevados". Faz parte da estratégia ensaiada pelo Palácio do Planalto de que a reforma combater o que eles acreditam ser "privilégios".
No setor privado, quem contribuir 15 anos e tiver a idade mínima exigida para se aposentar receberá um benefício equivalente a 60% da média salarial. Já no setor público apenas depois de 25 anos o servidor poderá se aposentar com 70% da média salarial. Benefício integral com base no teto do
INSS só com 40 anos de contribuição. Tanto para o setor público como o privado.
"É uma falácia do governo. Não existe privilégio. Tudo está de acordo com o percentual que se paga. Hoje, o servidor público paga 11% da renda dele pra levar para a aposentadoria. A iniciativa privada paga muito menos que isso e ainda se aposentam. É uma questão de proporcionalidade", afirma o diretor executivo do Sintrajufe/CE, Ranulfo Farias.
Confira o que permanece e o que se altera: