A nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para ministra do Trabalho foi publicada no "Diário Oficial da União" desta quinta-feira (4). A posse deve ocorrer na próxima semana.
O nome da deputada foi levado ao presidente, segundo informou o Blog do Camarotti, em uma reunião no Palácio do Jaburu entre Temer e o pai dela, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do partido e condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão – em março de 2016, ele obteve o perdão da pena.
"Eu não indiquei [a própria filha], surgiu o nome dela", disse o ex-deputado. Segundo Jefferson, consultado pelo G1, o líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), "anuiu".
VALE LEMRAR
Em 2015, foram abertas duas investigações sobre a deputada para apurar supostos crimes eleitorais na eleição de 2014, mas os dois casos foram arquivados por falta de provas. A deputada, contudo, apareceu no ano passado nas delações feitas pela Odebrecht e pela J&F – mesmo assim, não foi aberta qualquer investigação.
Executivos da Odebrecht apontaram Cristiane Brasil como possível destinatária de parte da propina paga pela construtora a pedido do deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ)
PERFIL
Cristiane Brasil, de 44 anos, é advogada pela Universidade Católica de Petrópolis, cidade onde nasceu. Em 2014, se elegeu deputada federal pela primeira vez. Antes, foi vereadora do Rio de Janeiro por três mandatos. Em 2009, comandou a Secretaria Municipal do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida.
Na Câmara, votou a favor do governo Temer em temas importantes para o Palácio do Planalto, como a proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto dos gastos públicos, a reforma trabalhista e as denúncias contra o presidente.