Os fascismos, o nazismo e as ditaduras militares do século passado não caíram de repente como uma fatalidade natural sobre as democracias de então.
Muito pelo contrário, os diferentes fascismos que assolaram o mundo se gestaram de modo lento e gradual dentro das próprias democracias, que viram surgir, gestar, nascer e crescer o ovo da serpente dentro delas como se fosse parte das próprias democracias tolerando a consolidação do autoritarismo", reflete o Prof. Dr. Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz no artigo escrito com exclusividade ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU.
Para o pesquisador, "o ovo da serpente dos fascismos foi deixado crescer intencional e estrategicamente, no início do século XX, pelas grandes potências da época e interesses do capitalismo, porque esses novos movimentos autoritários pareciam um mal menor que poderia frear o comunismo e o socialismo.
Consideraram os fascismos como movimentos marginais, que nunca poderiam se impor majoritariamente nas sociedades.
O ovo da serpente foi deixado crescer porque se pensava ter o controle do seu veneno, que seria utilizado pelo Capital como linha de frente violenta contra os movimentos socialistas e comunistas, que se pensavam eram os verdadeiros perigos".
A história provou os erros dessa compreensão, entre outros fatos, com a morte de 6 milhões de judeus no Holocausto, perpetrado por uma tanatopolítica estatal que operou via estado de exceção, portanto de acordo com o arcabouço jurídico alemão.
Uma máquina mortífera que operou dentro da lei, amparada pela Constituição de Weimar.
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