O fascismo foi e continua sendo uma resposta funcional do sistema político-econômico para momentos de crise do capital.
Em verdade, o fascismo emerge como defesa do próprio sistema econômico ao risco de sua destruição.
Se há desemprego e instabilidade social, se o mercado não se autorregula como prometido, se o caos ameaça devorar as promessas do progresso burguês, como a possibilidade de comprar continuamente roupas da moda e parafernálias tecnológicas, a resposta é simples: encontrar culpados, de preferência aqueles que sempre foram vistos como incômodos.
Nessa organização simplista - mas eficiente - do mundo, o empobrecimento dos norte-americanos e europeus é culpa dos imigrantes.
Essa é a releitura de uma mensagem conhecida: "conspiradores farão você impotente, ou mesmo irrelevante, e permitirão a outras pessoas tomarem seu lugar no mundo”.
Assim, ao invés de se revoltarem contra os bancos e grandes corporações que as exploram, as classes médias precarizadas do Norte Global concentram a sua fúria contra minorias e movimentos sociais.
O ressentimento de classe, em vez de ser dirigido contra os donos da riqueza, se transforma em ódio contra aqueles que de alguma forma
questionam as regras do jogo.
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